“A morte de Ivan Ilitch” – Relatório de Leitura

Duvido que alguém chegue a ter problemas com este livro, pois pelo menos para mim a leitura foi fluida, embora algumas vezes a linguagem fosse rebuscada.

Creio que a tradução faz com que este tipo de coisa seja amenizada ou acentuada. No caso, a minha era da década de 70, por isso dei várias “empacadas” durante a leitura.  Nada que comprometesse o entendimento do texto, entretanto, a clareza do mesmo não foi de 100%, pois minha versão foi bem datada trazendo expressões linguísticas que há muito saíram de uso corrente.

Outra coisa que vale salientar, é o tamanho da obra: trata-se de um livro muito pequeno, não se leva tanto tempo para ler. Por ter poucas páginas, seu tamanho reduzido faz com que seja fácil carregá-lo pra cima e pra baixo e isto facilita a leitura.

Eu o lia sempre que encontrava oportunidade, o que me permitiu relaxar, e encarar o livro não com o peso de ser uma “obra de Tolstói”, mas com o prazer de ser o meu companheiro nos intervalos do dia-a-dia.

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“A morte de Ivan Ilitch” – Liev Tolstói

Aqui você encontra todos os textos sobre a obra em questão:

Nota de Início – Impressões e considerações pré-leitura.

Nota de Conclusão – Impressões e considerações pós-leitura.

Relatório de Leitura – Um diário de leitura, com as dificuldades e particularidades da leitura de cada livro. O meu dia-a-dia com o livro e com a experiência de sua leitura.

Guia de Leitura – Dicas para facilitar a leitura, o entendimento da trama, e a melhor assimilação da obra.

“A morte de Ivan Ilitch” – Nota de Conclusão

A imagem veio daqui.

Lido.

Enfim, a primeira coisa que eu posso dizer sobre o livro, foi que não me identifiquei com o protagonista. Sou diferente de Ivan Ilich, não faria as escolhas que ele fez.

Inclusive para mim foi difícil internalizar o conflito do personagem, conseguir entender a leveza das suas atitudes, de certa forma, ele me irritou um pouco.

Fora isso, o texto de Tolstói é ótimo. A habilidade dele de dar profundidade à cena e construir diferentes camadas a cada passagem é fantástica.

Não tive problemas em ler o livro, que, diga-se de passagem, é bem pequeno. Tolstói foi direto ao ponto e não enrolou. A velocidade de leitura correu a contento. Fiquei satisfeita com a estrutura e o desenrolar da história. O livro é uma jóia. É curto, valioso, e esteticamente interessante. Gostei da proposta e da desenvoltura do autor ao trabalhá-la.

“A morte de Ivan Ilitch” – Nota de Início

Antes de qualquer coisa vale fazer uma ressalva: o livro mencionado na lista do The Guardian/Clube do Livro da Noruega possui uma constituição diferente das disponíveis no Brasil. Naquele volume ele inclui vários contos alguns pouco publicados no Brasil. Portanto, se você espera ler o mesmo exemplar, desista. Para termos idéia do conteúdo eleito como essencial pelo júri, é necessária uma gambiarra. Primeiro saber os contos, ver o que existe disponível no Brasil e depois procurar o que falta pela internet.

Pretendo fazer uso do site Domínio Público, que dispõem de todos os itens. O ponto negativo é que as obras estão em inglês, mas de fato não encontrei outra saída. Quanto à parte dos contos, confesso que não sou uma conhecedora profunda dessa parte da obra de Tolstói, e pelo levantamento que já fiz, desconheço uma boa parte deles. Estou louca para conhecer!

Já o carro-chefe, “A morte de Ivan Ilich”, já o li na época de faculdade, por isso não chega a ser uma novidade. Posso dizer que é um livro curto. Lembro de tê-lo lido com facilidade, mas como passaram-se muitos anos, existem lacunas abertas, e assim como com “Ana Karenina”, quero saber se o livro que eu lembro, é o mesmo que eu li.

Minhas conclusões vão ser as mesmas? Minhas passagens favoritas também? O que a memória fez questão de esquecer? E o mais importante: o que permanece vivo em mim, pois ela fez questão de guardar?